quinta-feira, 4 de novembro de 2010

tenho andado por aí a curtir as folhas


Tenho andado engalfinhada
Há uns dias atrás senti-me mal, mas muito mal, diria que tinha apanhado uma grande besaina, mas não apanhei e fiquei muito doente, do corpo, da cabeça da alma e não sei de que mais. Fui ao hospital eram oito horas da manhã domingo, não havia ninguém na rua, atravessei o campo da feira, não haviam arrumadores, não haviam carros, apenas árvores, mas que árvores de sonho, lindas de morrer no castanho, pois não imaginam meus amigos o tom das árvores no Outono, no campo da feira tem um gosto tão doce, tão belo, tão sui generis, que vos digo é de morrer até aos confins no castanho, no dourado, em milhentas cores, estas que servem naturalmente para pintar uma tela, o artista não tem que ter preocupação de fazer tintas, basta pegar no pincel molhá-lo nas folhas e suas cores e deuses a tela é maravilhosamente bela..

terça-feira, 19 de outubro de 2010


preciso de começar a viver a minha vida, preciso de estar só
Preciso de me encontrar comigo, com os meus sentimentos, com os meus encantos, comigo, comigo só, preciso de estar só, estar só e mais ninguém, apenas só eu.

domingo, 10 de outubro de 2010

saudades de nada


Não posso ter saudades de nada, agora, porque sim,
porque estamos no Outono das folhas douradas,
das folhas preguiçosas que se descolam das árvores,
do inverno que vai entrar, dos natais, passagens de ano.
Dos outonos que põe a pipa a berrar de miau, que põe a guga nostálgica de nada, porque o Outono enche-me a alma,
porque o Outono me faz lembrar o amigo Balança
que não tinha equilíbrio, os outonos das telas, dos jardins,
do jardim velho que antigamente tinha outonos com folhas, milhares de folhas,
agora é novo já não tem Outono.
Desculpem-me, mas não tem Outono.
Antigamente o Outono era mais bonito,
mas o outono continua aqui vivo, com alma, com nostalgia, com carinho.
Continuo a dizer, não tenho saudades de nada,
porque estamos no outono
e o outono enche-me a alma..

terça-feira, 14 de setembro de 2010

zona ribeirinha

Ainda não tinha visto a zona ribeirinha. Fiquei espantada, maravilhada com tanta beleza, também tenho que admitir que Barcelos é uma cidade linda, com sítios fantásticos..
Mas continuo a dizer, esta cidade é muito pequena e atrasada em mentalidades para a minha cabeça..
A única coisa que safa este Burgo, é a paz para dormir, de resto põe todos os presunçosos a mexer no nariz, a limpar os tapetes a limpar os sapatos e mais não digo.
Parafraseio um escritor Barcelense, que tem uma escrita deliciosa, e ele escreve assim:
« Não posso(que é dele), com Barcelos (que é meu).
Augusta
14-09-2010

domingo, 5 de setembro de 2010

SAUDADES

TENHO SAUDADES DO OUTONO, DAS FLORES CASTANHAS A CHEIRAR A FOLHA OUTONAL
TENHO SAUDADES DAS MULTIDÕES ANÓNIMAS
TENHO SAUDADES DE TUDO:
-DOS CORREDORES DE ORVALHO
-DAS CORES DA TELA PINCELADA COM CHEIRO DE OUTONO
TENHO SAUDADES:
-DAS TUAS CONVERSAS SOBRE O OUTONO, TENHO SAUDADES DE TI
TENHO SAUDADES:
DAS TUAS FRASES TRIPARTIDAS
-PERFEITAS
-RACCIONADAS
-CONTADAS E FRACCIONADAS EM POEMAS, EM PEQUENAS TELAS, TRANSFORMADAS DE PALAVRAS PARA A TELA
TENHO SAUDADES:
-DA CALMA, DO BEM ESTAR
TENHO SAUDADES DE TUDO:
-DE CONSTRUIR CAVALOS COM BOLOTAS E FÓSFOROS
TENHO SAUDADES:
DE BOLOTAS, MUITAS BOLOTAS
DE FOLHAS, DE MUITAS FOLHAS
DE POEMAS, MUITOS POEMAS
DE TELAS, MUITAS TELAS
DE TI, TENHO SAUDADES
TENHO SAUDADES DE TUDO

TENHO SAUDADES
AUGUSTA 05-09-2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

o meu jardim




As flores do meu jardim são regadas com amor
Quem quiser entrar de meias seria para me ajudar
a batalhar, a lutar, a ganhar o pão,enfim trazer anjos,
mão-de-obra que alegria seria

Não me deixem aqui sozinha, estou farta de labutar,
quero amar e concentrar toda a dor de amar
Já amei, já labutei, já curti os mais bonitos,
já comi os mais ridículos e mais amei os diabos,
os artistas, os poetas, os Deuses, todos...?????
Todos os crentes maravilhosos
estão encerrados no coração do MUNDO.
O CORAÇÃO DOS ARTISTAS,DOS PINTORES, DOS MEUS
A M O R E S

guga 24-08-2010

sábado, 14 de agosto de 2010






RENOVAÇÃO DO RECINTO “ PARQUE DA CIDADE”, OU DESFLORESTAÇÃO DESTE LOCAL….

Fui um dia destes dar um passeio pelo parque da cidade, sentei-me no chão para deliciar a frescura da tarde, mas de repente olhava, olhava e faltava qualquer coisa ali, e perguntava-me, mas isto tem muita luz, falta magia, faltam os labirintos, falta verde, isto perdeu o sentido que tinha?
Fiquei confusa perguntei que renovação tinham feito, porque havia qualquer coisa que estava mal… disseram-me que tinham cortado árvores… fizeram bem, mal… tiraram o sentido ao parque, despiram-no, para quê? Que revolta senti e ainda sinto e depois colocaram barro no chão, tiraram os cedros...roubaram-nos um dos tesouros que tínhamos.
Sem sentido cortar árvores, sem nexo tirar todos os enigmas que este local tinha.
Só vos digo que fizeram não uma renovação, mas sim um mal à natureza e ao local que tínhamos, tiraram-lhe a beleza…
Guga

domingo, 25 de julho de 2010

Não preciso, não quero, não me parece



Mal amanhados,
Usados, enviesados
Loucos, emaranhados

Não quero, não invento,
Não quero remendar buracos
Não me quero enfiar em buracos
Mal amados, mal amanhados
Mal amada, já chego eu

Não quero perder o meu sangue,
O meu cérebro
As minhas energias com coisas negativas
Com mentiras,
Com desmotivações, com discursos rotos
Cansados, emalhados e mal cheirosos

Não deixem-me só
Com a minha solidão,
Com as minhas amarguras
Com o meu sofrimento
Com o meu desfalecer para a parca da vida

Estou a desfalecer
Para tudo
Para tudo
Não quero, não me parece, não preciso

O amor nunca se comprou, nunca se premeditou
O amor comigo sempre aconteceu...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Percorro e nunca mais chego





Tenho percorrido a vida
como uma ofegante atleta
tenho-a sugado
como a vidente ensanguentada
de dor de amarelo ou vermelho
dorido...

O meu corpo fica amarelecido
como o amarelo da parede da vizinha
como a retrete da parede da Emilinha

Sofro, e sofro e ouço e
escuto, mas nada me fica, mas nada me
cativa, mas nada se gosta
desgostos já foram, já não voltam mais.

Chega de amarelo, de vermelho. de preto, de azul,
de azul!Não? O azul não me cansa,
o azul faz-me viver,
o branco acontece na vida de vez enquando
e é bom viver nesta cor, às vezes?


E vou conseguir, voltar a encontrar
a cidade, o passeio, as vizinhas,
as andorinhas e a minha infância


E vou conseguir encontrar,
outra vez encontrar, reencontrar
e fazer......voltar a criar...
Conseguir, voltar, chegar, escutar , ouvir,
permanecer rodeada de verbos no infinito


EUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU


Guga - 21-07-2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010


Video baseado no livro «Bússola», de Flávio Lopes

sexta-feira, 2 de julho de 2010

SE EU FOSSE









Se eu fosse um poema
impedia todo aquele
que se diz poeta, de escrever poemas

Se eu fosse um poema
aquele que lesse poesia,
sem o saber ficaria mudo

Se eu fosse um poema
passeava-me em todas as avenidas da Europa,
sobretudo na Avenida dos Campos elísios

Se eu fosse um poema
acabava com os brilhantes opacos


Se eu fosse poema acabaria com a hipocrisia

Se eu fosse poema criaria muitos humildes e todos
rimariam a humildade

Se eu fosse poema regalava-me com o poema «Frutos», de Eugénio de Andrade
saboreava todos os cheiros e trincava a palavra tangerina

Se eu fosse poema andaria por aí, trepava às árvores
colocando poemas em cada folha

Se eu fosse poema transformava todas as crianças em poesia(elas são poesia)

Se eu fosse poema atravessava a África, a Ásia, América, a Europa
engolia um pouco de cultura, para assim escrever o poema maior do mundo

Se eu fosse poema vasculhava as ideias de Fernando Pessoa e todas as personagens
que ele criou

Se eu fosse poema
era eu e mais outros

Se eu fosse...
mas não sou

Não sou poeta, não sou poema, mas gosto de poesia, de poetas, de escritores e de
escritos de amigos e conhecidos

Gosto de poemas, mas não sou um poema


Sou assim... eu

quinta-feira, 1 de julho de 2010

máxima de José Régio




DOENTE DE QUÊ? UM POUCO DE TUDO.
JOSÉ RÉGIO

Tenho neste momento exactamente o mesmo sentimento....(Augusta, eu)

domingo, 27 de junho de 2010

A MORTE

A MORTE TIRA-NOS A POESIA, A MÚSICA, A ARTE.
QUE BOM SERIA QUE SEMPRE EXISTISSE A POESIA AQUI!
E MAIS NÃO SEI ONDE?
OUVI-LA, DECLAMADA PELOS POETAS, EM CAMINHADA PARA A BELEZA.
IMAGINO-OS À VOLTA DE UMA LINDA ILHA A DECLAMAR OS SEUS POEMAS,
ACOMPANHADOS PELAS FLAUTAS DE BEETHOVEN, MOZART,
A GUITARRA DE CARLOS SANTANA, MARC KNOFFLER, ERIC CLAPTON.
NESTA HISTÓRIA HÁ UMA JUNÇÃO DE MORTOS E VIVOS,
É ASSIM QUE VEJO O FUTURO,O AGORA E O DAQUI A POUCO.
NÃO, NUNCA ME QUERO DESLIGAR DA BELEZA QUE OS HOMENS SÃO CAPAZES DE CONSTRUIR,
NÃO ME POSSO DESLIGAR DO TOQUE DO VIOLINO,
NÃO ME POSSO DELIGAR DO CÂNTICO DOS MONGES,
NÃO ME POSSO DESLIGAR DO CÂNTICO DOS PÁSSAROS,
NÃO, NÃO ME POSSO DESLIGAR,
DESTA ENORME BELEZA E ARTE, QUE É ESTA, A DO MUNDO EM QUE VIVO....

GUGA
27-06-2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

QUALQUER BOCADINHO

Qualquer bocadinho de parede é importante
digo-te:
- A arte cabe nela como uma grávida mulher oleada e espatulada na fúria do artista.
Para haver arte tem que haver sexo:
- Não achas?
Pinta-me à vontade nesse palco sem plateia, só nós, de branco a desaparecer nas cores de chumbo, da realidade.
Não se compram quadros, compra-se assinaturas- dizes «eu concordo»
O artista é lembrado sempre que morre esquecido.Como o amor, na galeria dos teus olhos.Um quadro meio -abstracto, meio-absurdo, meio-coloquial. Não temas o programa desta noite, iremos sofrer sem ter que sofrer.É arte que dói no impulso, espera, aguenta vou-te arrancar da parede, estás paralisada, eu sei...
Ninguém irá saber que fui que te pintei, mas que importa que sejas só uma sombra daquilo que sou, tu és minha, o quadro é meu fui quem inventou, fui eu quem inventou a forma de te ver, azul dentro do azul, filho dentro de mãe, pendurada, compassiva na parede do meu corpo dorido.
Não te preocupes se uma mancha se desfizer, retoco-te amanhã com o brilho da curta ausência que nos une.
A arte é assim, podre e bonita destacada da neblina, do soalho, da tela, onde te deito, exponho-te-me ao mundo os óleos que esprememos no Olimpo da madrugada adentro e assim somos uma pictórica realidade, surgir do fundo superficial dos escombros
fala-me! Diz ao menos que me ouves, FALA, FALA QUE EU NÃO CONSIGO......



Gostaria de ter escrito isto, mas não fui eu

este lindo bocadinho de prosa é lindo de morrer no azul , como dizia o meu Amigo Jerónimo.
Mas quem escreveu isto foi o meu amigo

Flávio Silver

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Diário

Não me apetece desenhar letras, por isso não vou desenhar. Não tenho pensamentos para estender, escorrer ou pendurar, por isso não vou pensar.
Não tenho queixas a fazer, também se as tivesse, não teria quem me ouvisse.
Não tenho nada para dizer e tudo para contar, também não vale a pena, já tudo foi contado, nada mais tenho para vos dizer.
A vós que certamente não passais de rotineiros que calcam rotinas, como se fossem penas.
E eu tenho que vos ver calcar penas, como se fossem rotinas.
18-10-07
Faz parte dos meus pensamentos, mas não é dirigido a ninguém.... mas sim ao sistema

Cópia

Copia-me para o papel, modela-me sem falhares, algum limite do meu rosto. Esboça os contornos do meu nariz, assinala o sorriso esboaçante e aventureiro, que quer estar,mas não no mesmo sítio.
Deixa que o lápis desenhe os contornos do meu corpo, se falhares não te esqueças que estou imprimida em papel vegetal, se tiveres dúvidas e não conseguires desenhar exactamente, pegas na impressão e passas por cima.
Não te esqueças de todos os pormenores e além de tudo, podes acrescentar mais alguma coisa que não existe, não me importo de aceitar mais alguns ensinamentos.
Espero pelo teu desenho.
Augusta Carvalho

terça-feira, 8 de junho de 2010

sonhando



Rogério Pinto
Março 2010

arte nova





TERESA BRITO

segunda-feira, 7 de junho de 2010



Preciso de fugir para não sei onde.. para o céu, para o monte ou já não sei onde..
enfim estou num país de crápulas, de panelinhas e corruptos, começa pela igreja que me põe doente.. cambada de corruptos, e para ser mais castigada estou sem ocupação a viver numa aldeia com muitas casas, que me põe louca...estou farta e apetece-me gritar aos berros até ficar sem berro....
FODAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA_____________________

sábado, 5 de junho de 2010

Estrela

UMA BELA HISTÓRIA DO AMIGO JERÓNIMO

Comboio

Um dia resolvi não entrar no comboio, seguir um rumo pela linha até conseguir chegar às estrelas e fundir-me nelas, por isso passado meses de caminhada pela linha de comboio, atingi o céu e fundi-me  numa ESTRELA......

quinta-feira, 3 de junho de 2010

COMO SERÀ ATINGIR A LOUCURA TOTAL, O LOUCO NÃO SE DEVE APERCEBER QUE ESTÁ LOUCO, ACHO EU...

é impossível

ESTÁ A TORNAR-SE IMPOSSÍVEL....
AGORA ESTOU COM OS PÉS NO CHÃO
NÃO ANDO A FLUTUAR, SE FLUTUA-SE TINHA QUE USAR UM FATO DE ASTRONAUTA, SEM TER QUE ESTAR EM MARTE, EM JÚPITER, EM TERRA ,OU NO CARALHO....
EU....

AS FORMAS LUSO- SERRA DA ESTRELA .....

Tem a forma de um poema
Chama-se uma pena
Tem  a forma da lua
Chama-se aventura
Tem a forma da janela
Segredo à vista! É a Pamela
Tem a forma de uma lágrima
Chama-se uma palavra
Tem a forma de uma nuvem
Chama-se alegria
Tem a forma de liberdade
Chama-se o buzio
E o buzio em forma de segredo
Segredos com forma de sereias......

Poemas acrósticos


A vida nascida e


M orrida nos pés do amor perdido


O amor sofrido e

R oubado para sempre do meu bate bate....

BOTAS/LUZ


Botas mágicas, magicadas!
Brotam luz às manadas.
Fico sôfrega, intoxicada...
Não me deixam descansar.
À noite apago a festa.
Botas travessas, encadeiam o meu quarto.
Choro de Raiva de cansaço.
Que vou fazer com estas botas?
Lanço-as para o céu
Fundem-se nas estrelas
06-06-2006

A Loucura dos números

O zero é um marmelo
O um é um senhor
O dois um grande doutor
O três é um freguês
O quatro é um caralho
O cinco é um travesso
O seis é um grande Bêbado
O sete é um debochado
O oito é um grande drogado
O nove é um grande diabo
O dez é um tirolez.......................



03-06-2010

terça-feira, 1 de junho de 2010


Eu gostava de ser pintor, porque é uma profissão linda e colorida.
(estas palavras lindas, foram escritas por um aluno meu que andava no 1º ciclo, sabia desenhar como uma estrela, mas penso que hoje estará ligado ao futebol e não à arte de desenhar)...
Há tantos burros mandando em homens de inteligência,



que às vezes fico pensando, se a burrice não será uma ciência.


'' António Aleixo''
Léon Paul Fargue a dit:



Le métier de croque- mort n'a aucun avenir.


Les clients ne sont pas fidéles..
il a dit:



De tous ceux qui n'ont rien à dire, les plus agreábles sont ceux qui se taisent..