segunda-feira, 14 de junho de 2010

Diário

Não me apetece desenhar letras, por isso não vou desenhar. Não tenho pensamentos para estender, escorrer ou pendurar, por isso não vou pensar.
Não tenho queixas a fazer, também se as tivesse, não teria quem me ouvisse.
Não tenho nada para dizer e tudo para contar, também não vale a pena, já tudo foi contado, nada mais tenho para vos dizer.
A vós que certamente não passais de rotineiros que calcam rotinas, como se fossem penas.
E eu tenho que vos ver calcar penas, como se fossem rotinas.
18-10-07
Faz parte dos meus pensamentos, mas não é dirigido a ninguém.... mas sim ao sistema

Cópia

Copia-me para o papel, modela-me sem falhares, algum limite do meu rosto. Esboça os contornos do meu nariz, assinala o sorriso esboaçante e aventureiro, que quer estar,mas não no mesmo sítio.
Deixa que o lápis desenhe os contornos do meu corpo, se falhares não te esqueças que estou imprimida em papel vegetal, se tiveres dúvidas e não conseguires desenhar exactamente, pegas na impressão e passas por cima.
Não te esqueças de todos os pormenores e além de tudo, podes acrescentar mais alguma coisa que não existe, não me importo de aceitar mais alguns ensinamentos.
Espero pelo teu desenho.
Augusta Carvalho